Confecção de Máscara Facial Esportiva baseada em Fluxo Digital
LUCCHESI D , GALOTTI M , BARBERINI, AF
Associação Brasileira de Odontologia – ABO-SP
Introdução
As atividades Físicas têm um risco inerente de lesões faciais por impactos traumáticos com outro competidor, projéteis, colisões com objetos e ou com o solo. Lesões faciais podem ter um profundo efeito psicológico sobre os feridos, podem levar muito tempo para curar e são conhecidas por acabar com carreiras promissoras.
O uso da máscara facial pós lesão facial tem o objetivo de favorecer o retorno de uma atleta às atividades físicas sem que tenha um agravamento da lesão ja existente com proteção e segurança necessária para o alto rendimento esportivo.
Um novo modelo de máscara facial esportiva digital é apresentado para resolver problemas como: tempo de confecção, adaptação da máscara e custo.
Este relato de caso clinico é de um jogador de Futebol das categorias de base do Corinthians Futebol Clube, o atleta sofreu uma fratura nasal sem a necessidade de procedimento cirúrgico. Foi requisitada a confecção da Máscara Facial Esportiva para o retorno do atleta a sua atividades.
O Método utilizado para confecção da Máscara Facial no Fluxo digital seguiu 4 passos operatórios; 1 Passo – Escaneamento Facial com usando a cabine de escaneamento facial Cloner (Done3D, São Paulo, Brasil) (Fig.1); 2 Passo – Análise da tomografia computadorizada de feixe cônico (CBCT) retrospectiva de paciente para confecção do desenho da mascar no fluxo digital no formato de estereolitografia (STL) (Fig.2). 3 Passo – Criação da máscara no modelo CAD 3D usando o software 3D Systems DICOM Print CAD (Rhinoceros versão 4.0 SR8; McNeel North America, Seattle, Washington, Estados Unidos da América) (Fig.3). 4 Passo – Impressão da Máscara Facial Esportiva usando uma impressora 3D (Creality K1C).
Resultados
– A Máscara Facial Esportiva Digital foi concluída em 12 horas;
– Características como (desenho, alívios de estruturas lesionadas, alívios na visão da máscara, apoios de contato da máscara com a face) seguem o protocolo proposto pelo autor do trabalho – foram representadas em 100% no seu resultado final;
– O custo final da Máscara no fluxo digital foi menor que realizada no método convencional (ex.:moldagem da face).
– A Máscara Facial Digital se mostrou eficaz.
Discussão
As atividades relacionadas ao esporte são responsáveis por 6 a 10 por cento das lesões maxilofaciais, sendo o nariz a estrutura mais comumente lesionada. Algumas modalidades esportivas exigem o uso de aparatos de proteção como capacetes e protetores bucais como método de prevenção das lesões orofaciais. Na ausência de tais equipamentos de proteção obrigatórios, as lesões que impedem a carreira geralmente são seguidas por um longo período de recuperação e podem ter sequelas físicas, psicológicas, econômicas e sociais adversas. O retorno às atividades atléticas no início do período de recuperação aumenta o risco de nova fratura, bem como diminui a qualidade do jogo no paciente por medo de machucar novamente o nariz. No caso de um atleta se machucar e desejar jogar imediatamente, protetores faciais protéticos podem permitir que um atleta retorne rapidamente à competição. No passado, fraturas nasais e faciais eram lesões que impediam a participação. Atletas, que sofriam tais acidentes, teriam que ficar de fora até serem considerados aptos para jogar, ou jogar com o risco de sofrer lesões ainda maiores. Um escaneamento facial pode gerar uma imagem 3D da face de um atleta, que a partir desta imagem digital possibilita a elaboração de um desenho para que a máscara seja impressa.
Conclusão
O uso de equipamento de proteção facial é indispensável e obrigatória para o retorno de um atleta a suas atividades físicas após uma lesão facial. A partir dos resultados obtidos, a Máscara Facial Esportiva no fluxo Digital mostrou ser uma técnica rápida, precisa e de baixo custo. Agora estamos trabalhando para responder a várias perguntas sobre a Máscara Facial Digital e suas propriedades.
